segunda-feira, 6 de junho de 2011

Redes Sociais

As redes sociais são a grande invenção da nossa geração. Entre exceções e generalizações, essa invenção representa a maneira como nos colocamos para sermos notados, ou como percebemos o outro.
Vou explicar melhor: Quando 'postamos' - e esse verbo foi totalmente modificado, para se adaptar às redes sociais - alguma coisa, o fazemos como um ato de auto-afirmação, esperando que alguém veja aquilo e 'curta', comente, ou de alguma forma secreta, leia, mesmo que não tenhamos resposta. Sabemos tudo o que postamos e a real intenção por trás de cada post/atualização, mas quem lê, nem sempre saberá interpretar da mesma forma... mas a 'vida real' também não é assim?
Há quem diga que exista uma etiqueta, ou regras para se postar conteúdo na internet, que não devemos nos expor demais, ou que devemos tomar cuidado para não chamar atenção demais. Eu repito: mas a 'vida real' também não é assim?
Selecionamos quem queremos que leia nossas atualizações/posts, nosssos 'amigos'. Na vida real, nem falamos com metade das pessoas que temos adcionadas, adcionamos pra manter contato, pra não esquecer o aniversário do chefe e coisa e tal... Já nossos amigos da vida real, nem sempre precisam ler nossas páginas pra saber o que anda acontecendo com a gente.
Ou seja: existe uma vida na internet e outra fora da internet.
A diferença é: qual delas você quer participar?
Se você escolher participar da vida na internet, será impessoal, eu nem sempre saberei sua real intenção, a não ser que você diga da maneira mais direta possível. Por exemplo, se eu comento assim: "huuummmm" o que você entende com isso? Pode ser 'huuummm, que bom''; 'huuummm, que péssimo'; 'huuuummm, tá namorando' etc etc.
Se você escolher participar da minha vida real, saiba que terá o melhor dos dois mundos.
Se isso é pedir demais.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Achismo

Já notaram que cada vez mais as pessoas tem praticado o achismo?
Sabe, o ato de dizer o que acha e não o que pensa. Atropelar em palavras sem escutar as explicações só pra mostrar que acha alguma coisa, só pra provar alguma coisa... não sei o quê, né?
Achar que sabe tudo e subestimar outras pessoas é um ato que eu desde cedo aprendi a não cometer, nunca pode-se dizer que uma pessoa não é capaz ou ao contrário: nunca deve-se superestimar uma pessoa também.
Esse tipo de atitude é um tanto desagradável! E eu não penso assim simplesmente porque me incomoda pessoalmente, é porque é uma observação que tenho feito em todos os lugares que eu vou.
Parece que existe uma necessidade tão grande de aprovação que as pessoas não pensam antes de falar, só acham, acham, nunca sabem.
Acredito que exista muita gente falando e pouca gente escutando, absorvendo e de fato entendendo.
Pare de deixar seu ego falar e comece a praticar a empatia. O mundo já tem ignorantes o suficiente.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Breve indignação

Desistir de uma disciplina na faculdade parece uma tarefa fácil. E deveria ser, mas quando se tem uma burocracia desagradável não há esperança para uma atarefada aluna como eu.

Preencher um requerimento para falar com uma pessoa que está a metros de distancia de você é de fato desagradável e devo confessar que é também bastante irritante. Após preencher o tal, temos que ficar na expectativa de que o papel será lido e respondido, e se você pensa - assim como eu pensei - que o aluno é avisado quando "aparecer" uma resposta, está enganado. Pois é.

"-Você tem que correr atrás da resposta. Indo na Central de Atendimento sempre que puder. "

Faz sentido, claro, a Coordenação deve estar muito ocupada respondendo longos requerimentos.

domingo, 6 de março de 2011

Ah... O Carnaval.

Não compartilho da mesma alegria que a maioria dos cariocas. Entendo que faça parte essencial da cultura brasileira e que seja a mais pura arte. Mas Monique não curti isso.

Livre de trocadilhos e clichés, confesso até que assisto aos desfiles do Rio de Janeiro e tive uma vez uma breve alegria de ver de pertinho o show na sapucaí, mas seria indiferente pra mim perder esse espetáculo - até porque teria certeza de que continuaria sendo um espetáculo.

Tem uma coisa que costuma me emocionar independente de ser carnaval ou não, mas que vem ao caso: dedicação e paixão. Quando vejos pessoas que se dedicam realmente a um trabalho e gostam muito do que fazem, isso costuma me emocionar. E é essa parte do carnaval que costuma chamar minha atenção.
Mudando repentinamente de assunto, o que dizer dos blocos? As outras colaboradoras do blog curtem blocos, então acho que vou deixar a parte dos elogios à elas.

Por incrível que pareça - quem me conhece sabe - eu já fui três vezes à blocos. Tem algumas coisas que eu não curto muito: calor, suar, cheiro esquisito na minha roupa, feder e ficar com cabelo molhado ou alguma parte do meu corpo molhada com algum líquido que não seja água. E tudo isso aconteceu nas três vezes que eu fui em algum bloco.

Traumatizei. Pode ser que eu tenha escolhido mal o lugar (tá, eu fui na Banda de Ipanema e o outro eu nem lembro), que eu seja fresca (qual o problema em querer ficar cheirosa e limpa?) ou que realmente eu nasci no lugar errado (queria ser de Vênus, gente, adoro Vênus), mas não deu pra mim.

Ontem, teve um bloco em frente ao meu prédio... Eu fechei todas as janelas da casa, liguei Beatles no último volume, parecia até uma velha chata... Desci pra comprar uma Pepsi e um 'engraçado palhaço com hálito agradável' #sarcasmo tentou dar em cima de mim. "Oi? Rapaz, cê não tá vendo? Tô de preto com all star, acha mesmo que faço parte do bloco?"
 Fui no supermercado e tinha gente fantasia e bêbada lá também. Na fila, outro rapaz engraçadinho. Meu ego diz pra você: obrigada. Eu só queria voltar pra casa e beber Pepsi, mimimi, comer pasteizinhos que minha irmã fez de maçã e canela...

Antes de dormir fui ver tv: carnaval de São Paulo, Desfile do grupo de acesso, Liga da Justiça ('Foge foge Mulher Maravilha! Foge foge com o Super Man!" ¬¬), resolvi ouvir a trilha sonora de Moulin Rouge e acabei dormindo. Acordei com minha irmã assistindo "Um maluco no pedaço" e comecei a rir de desespero, afinal, amanhã será o desfile do Rio e será domingo... Pelo menos tá frio, quero um abraço.

Thats all folks!

terça-feira, 1 de março de 2011

Faz um certo tempo...

... que não postamos aqui! Muitas coisas aconteceram nessas férias, e falo por mim e pelas minhas companheiras - Aline e Brunna.
Eu arranjei um novo estágio, olha só. A Brunna virou madrinha do Pedro. A Aline ficou até bêbada, (ela vai me matar por ter escrito isso, acho).
Enfim, começamos 2011 com tantas coisas acontecendo que acho que nem percebemos ele chegar... Nosso querido "Seja Desagradável" pretende voltar - se todas nós conseguirmos conciliar nossas ''atarefadas'' agendas, com atualizações desagradavelmente interessantes e legais. Eu sei que nossos fãs vivem nos pedindo nas ruas "Monique, quando vocês voltam a escrever, sua desagradável!", nos hotéis onde eu tenho ficado em Nova York e Milão (essa parte é meio verdade...) todo mundo pergunta também #sarcasmo
Aproveitando também pra dizer que em breve - quem sabe - teremos vídeos editados de maneira hollywoodiana sobre as meninas mais comentadas do mundo moderno: as desagradáveis #sarcasmo2
Sim, vídeos, com propostas totalmente sem noção, por que de amargo já bastam os limões meus queridinhos. E se a vida te dá limões, faça um suco de uva e faça as pessoas pensarem: "Como você fez isso??"
Acho que é só.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Estudos atrapalhados

Um dia, estudar numa faculdade pareceu uma possibilidade remota pra mim. Quando você está no colégio, você chega a considerar "Só quando eu estiver na faculdade vou fazer isso", "Quando eu estiver na faculdade não vou precisar usar uniforme", "Quando eu entrar na faculdade vou estudar o que eu sempre quis" etc.
Ignoramos qualquer pedra no caminho, sonhamos alto com a possibilidade de que teremos o emprego que nos sustentará e nos garantirá felicidade - financeira, pra ser mais exata.
O tempo passa sem cerimônia, e quando chegamos ao último ano do colégio, mergulhamos de cabeça num desespero angustiante, onde tudo aquilo que você sonhou, imaginou e considerou se transforma na média mínima para passar. Passar adiante, passar pra realidade.
Se você não passa, você sente que tudo está perdido, você se sente muito burro - essa é a verdade. Como eu não passei de primeira, e os vestibulares acontecem apenas uma vez ao ano, eu tive que esperar o próximo ano.
O ano sem colégio fez com que eu estudasse descontroladamente, e priorizasse meus conhecimentos e interesses. Nessa hora eu me dei conta do velho ditado patriota "Brasileiros não desistem nunca", ou seja, "Aqui não tem muita oportunidade, então estude mais do que o necessário, otário!"
Sim, eu consegui entrar na faculdade, numa faculdade particular, como bolsista integral, esculachando (rá). Considerei tudo o que eu tinha imaginado de novo, depositei minhas esperanças nos quatro anos que se seguiriam, me livrei de medos e comodismos para minha mudança e jornada pessoal...
Aí eu comecei a frequentar a faculdade - frequentar foi bem diferente do que eu tinha imaginado.
No primeiro período eu realmente me dediquei. No segundo período, eu ainda levava a sério. No terceiro período eu quis me suicidar, mas tinha esperanças de que o quarto seria bom. Agora estou no quarto período e estou me sentindo vazia, sem tempo, sem esperanças... Não consigo ler meus livros, assistir filmes, ler o jornal...
O que aconteceu?
A tendência é piorar quando eu começar a trabalhar de fato? O que vai acontecer? HÃ?!!?
Me livrei de medos mas adquiri novos, me livrei de comodismos mas adquiri novos, me perdi no meio do caminho!
Chega uma hora em que tudo se torna tão pessoal que você fica sem vontade de continuar, mas aí você lembra que encontrou pessoas com quem pode contar, crescer e ajudar a tirar umas pedras do caminho.
A faculdade atrapalha meus estudos. Mas tornou a minha vida uma reflexão inadiável.




quinta-feira, 8 de abril de 2010

Chuva 2010, eu fui !! (a culpada ??)

Tudo começou com uma promessa : " Eu não vou faltar aula mais, eu juro !! " e em seguida uma ameaça: " Vai chover !! ".
Tudo bem, ninguém esperava uma calamidade pública, privada, alagada ...
Acordei às 6 h do dia 6 de abril, como de costume, comi meus 6 bombons (Só pra deixar umas mensagens subliminares), ouvi o barulho intimidador da chuva e do vento chacoalhando as janelas, arrepiando meu corpo quente recém saído do edredon e comecei o processo rumo a facul na Lagoa. Depois do banho quente, um mp3 ligado na rádio, um casaquinho e mochila permeável (entra água mesmo) fui me aventurar na rua que assim que saí notei um certo caminho deserto e molhadinho, mas prossegui. A moça na rádio dizia [lê - se com desespero e nervosismo]: " Não saiam de casa !!! Não saiam !! Quase que eu não chego aqui !". Julguei -a dramática, afinal o que uma chuvinha de nada, atrasada, nem Março é mais (!), poderia causar ? Durante o trajeto pude observar algumas pessoas voltando, nem liguei as àguas ao Rio, quer dizer, uma coisa à outra. Molhada, ou melhor, BEM molhada cheguei no ponto de ônibus onde ouvi o decreto da mesma senhora calma e sutil da rádio: "O Prefeito Eduardo Paes pede pra que ninguém saia da casa !!", bom, e se o Dudu disse, eu acredito !! Dei meia volta, quase me afoguei na poça criada pelo meu corpo molhado, encontrei vizinhos me perguntando o que fazer e eu só respondia: " Eduardo Paes mandou ficar em casa !", nunca havia reproduzido algum decreto de algum governante de forma tão convicta e no melhor estilo "papagaio de pirata" convenci algumas pessoas a voltar pra humilde residência.
Voltei pra casa nadando, ousei fazer sinal pra um barco - bus mas já tava alagado também. Descobri que o melhor foi ter voltado mesmo, mas perdi os pedalinhos desgovernados circulando na Epitácio, os surfistas descolados nos bolsões da zona sul e muitas horas divertidas dentro de um ônibus cheio de lazer para oferecer.
Me perguntei se a culpa seria dos 6 bombons que eu comi ou da massa de ar quente que se encontra com a massa de ar frio que vem do oceano e forma nuvens cumullus (aprendi ontem no 1 contra 100). Prefiro acreditar que foram os 6 bombons, sou muito supersticiosa.


Aline Alli